quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Religiões de paz

Fraternização inter-religiosa de Bordeaux (c 732), com os muçulmanos a explicarem que o Islão é uma religião de paz, a um grupo de gauleses cristãos decididamente insensíveis a subtilezas teológicas. Uns quilómetros mais acima foi a vez dos cristãos explicarem que de paz percebem eles.

Hoje na TV belga, o coordenador europeu contra o terrorismo afirmou, com a calma de quem pede um pires de tremoços, que estimava em 100 mil os cidadãos europeus que decidiram ir em excursão atè a Síria. E que cerca de um terço infelizmente (o advérbio é meu) voltou.

Para as almas mais sensíveis volto a insistir que a violência vêm em várias cores. Temos, por exemplo, o mui católico Ruwanda conseguiu eliminar À katanada, cerca de 800 mil (!) almas em menos de dois meses. Ou a profundamente protestante alemanhã que reduziu a cinzas cerca de 6 milhões de humanos.

Compare-se agora com os atentados de Boston, que mataram três (sim três) pessoas e feriram com mais ou menos gravidade outras 246. Irrelevante no que toca à quantidade, eu quero antes me focar na qualidade. Os irmãos Tsarnaev fizeram pelo menos 17 mil quilómetros (ida e volta entre Boston e Grozni) com o objectivo final de matar pessoas que, provavelmente na sua imensa maioria, não sabem sequer pronunciar Chechénia.

Ou seja, a violência dos terroristas islâmicos não é contra os vizinhos (como no Ruwanda) mas sim contra uma categoria: todos os que não são como nós. Tal como os Nazis fizeram nos anos 30 e 40, por exemplo. E os bolcheviques e mencheviques antes deles.

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